18 outubro 2013

   Caminho sozinho. Ninguém me conhece. Percorro a estrada sem olhar sequer para quem passa. Ninguém tem culpa. Fui eu que escolhi ser assim Sou frio como a neve. Fechei-me no meu mundo. Não mostro qualquer sentimento. Não me perguntem se tenho compaixão. Nem sei o que isso é. Não me descrevam. Não me mostrem. Não estou interessado. Tudo mostrou ser como eu pensara ser. Recomeçar de novo tornou-se impossível tendo eu um buraco no sitio do coração. Não tenho sangue a correr-me nas veias. É raiva. Não tenho ar nos pulmões. É ódio. Escondo tudo isso por trás dos óculos de sol. Não queiras olhar-me nos olhos. Não tentes ler-me, não sou um livro que possas ler. Estou escrito em dialecto.  Não tentes conhecer-me, não sou matéria de estudo. Não tentes descortinar-me, sou um enigma.
   

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